Polêmica em Marabá: Show de Réveillon de Zezé Di Camargo gera tensões políticas
O anúncio do show de Réveillon do renomado cantor Zezé Di Camargo em Marabá, no Pará, se transformou em um tema controverso no cenário político nacional. O Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, decidiu cancelar um repasse de R$ 1 milhão que deveria custear a apresentação, gerando uma onda de descontentamento e acusações.
A decisão provocou uma reação imediata do prefeito Toni Cunha, que não hesitou em apontar o que considera uma “perseguição política” por parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao artista. Cunha destacou que a decisão do governo federal reflete uma postura discriminatória, sendo Zezé Di Camargo uma figura conhecida e apreciada no Brasil, especialmente entre seus fãs, que aguardam ansiosos pela celebração do Ano Novo.
Apesar do obstáculo financeiro imposto pelo cancelamento, a administração municipal anunciou que o show será realizado com recursos próprios. Essa determinação demonstra não apenas o comprometimento da prefeitura em manter as tradições festivas locais, mas também um esforço para assegurar que a programação de fim de ano não seja prejudicada. Além disso, a gestão municipal manifestou sua intenção de recorrer à Justiça com a esperança de reverter a decisão do Ministério do Turismo, argumentando que a suspensão do apoio financeiro impacta diretamente na organização do evento, que é um dos maiores do município e atrai turistas de diversas localidades.
A controvérsia se intensifica em um momento em que muitos esperam que o Réveillon seja um marco de celebração e união, ainda mais em um contexto pós-pandêmico. O show de Zezé Di Camargo, além de proporcionar entretenimento, é visto como uma oportunidade de revitalizar a economia local e reforçar laços comunitários. Com os desdobramentos dessa situação, a cidade de Marabá se vê no centro de um debate sobre o papel da cultura, das festividades e das relações entre o poder local e federal. As próximas semanas prometem ser decisivas para a resolução desse impasse e para a definição do futuro da tradicional festividade do Ano Novo na região.
