Conhecido pelo apelido de Fábio Caipira, Pinheiro Lopes se manifestou sobre o afastamento, classificando-o como “injustiça”. Ele destacou que a investigação conduzida pelo Deic sobre Gritzbach foi realizada de maneira legal e reiterou que nunca obteve qualquer vantagem ilícita durante o processo. No entanto, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo justificou a decisão afirmando que era necessário garantir a isenção das investigações.
Além de Pinheiro Lopes, também foi afastado o delegado Murilo Fonseca Roque, atualmente atuando em São Bernardo do Campo. Segundo o depoimento de Gritzbach, Roque estaria envolvido em esquemas de propina quando era titular do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa) no início de 2022. Ambos os policiais negaram as acusações, mas a medida de afastamento foi mantida em vigor.
A delação de Gritzbach também mencionou o deputado estadual Delegado Olim, que teria participado de uma reunião com o advogado do empresário, Ramsés Gonçalves, juntamente com os delegados Roque e Pinheiro Lopes. O advogado teria cobrado um valor exorbitante de R$ 5 milhões do delator, supostamente para pagar propina. No entanto, Olim negou veementemente as acusações.
Por sua vez, Pinheiro Lopes enfatizou em uma coletiva de imprensa sua inocência e afirmou que jamais recebeu qualquer tipo de benefício indevido. Ele também expressou sua surpresa com o afastamento, informando que soube da decisão pela imprensa e que considerava injusta a medida tomada. Em meio a essa controvérsia, a Polícia Civil de São Paulo enfrenta uma série de desdobramentos complexos envolvendo investigações sobre o PCC e suspeitas de corrupção no alto escalão da corporação.