Corrupção no DEIC de São Paulo: Diretor afastado após citação em delação sobre esquemas do PCC; Delegada pede desligamento da Corregedoria.



O governo do estado de São Paulo tomou uma medida drástica ao afastar o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fábio Pinheiro Lopes, após ele ser citado na delação do empresário Antônio Vinicius Gritzbach, envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão foi anunciada após o depoimento de Gritzbach em setembro e posteriormente seguida pela trágica morte do empresário no início de novembro.

Conhecido pelo apelido de Fábio Caipira, Pinheiro Lopes se manifestou sobre o afastamento, classificando-o como “injustiça”. Ele destacou que a investigação conduzida pelo Deic sobre Gritzbach foi realizada de maneira legal e reiterou que nunca obteve qualquer vantagem ilícita durante o processo. No entanto, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo justificou a decisão afirmando que era necessário garantir a isenção das investigações.

Além de Pinheiro Lopes, também foi afastado o delegado Murilo Fonseca Roque, atualmente atuando em São Bernardo do Campo. Segundo o depoimento de Gritzbach, Roque estaria envolvido em esquemas de propina quando era titular do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa) no início de 2022. Ambos os policiais negaram as acusações, mas a medida de afastamento foi mantida em vigor.

A delação de Gritzbach também mencionou o deputado estadual Delegado Olim, que teria participado de uma reunião com o advogado do empresário, Ramsés Gonçalves, juntamente com os delegados Roque e Pinheiro Lopes. O advogado teria cobrado um valor exorbitante de R$ 5 milhões do delator, supostamente para pagar propina. No entanto, Olim negou veementemente as acusações.

Por sua vez, Pinheiro Lopes enfatizou em uma coletiva de imprensa sua inocência e afirmou que jamais recebeu qualquer tipo de benefício indevido. Ele também expressou sua surpresa com o afastamento, informando que soube da decisão pela imprensa e que considerava injusta a medida tomada. Em meio a essa controvérsia, a Polícia Civil de São Paulo enfrenta uma série de desdobramentos complexos envolvendo investigações sobre o PCC e suspeitas de corrupção no alto escalão da corporação.

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