O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) liderou uma operação para desarticular um esquema de corrupção que desviou mais de R$ 200 milhões dos cofres públicos. O líder identificado como Frederico Benigno Simões, conhecido como Fred Simões, é apontado como o cérebro por trás da organização criminosa que operava em 20 municípios alagoanos. O esquema envolvia a celebração de contratos fraudulentos com cooperativas fictícias que supostamente ofereciam diversos serviços à administração pública.
De acordo com as investigações, Fred Simões se apresentava nas redes sociais como advogado, empreendedor e visionário, mas sua verdadeira atividade era liderar essa rede criminosa. Além de seus empreendimentos legítimos, como um hotel fazenda na Bahia, ele também se envolveu em transações suspeitas, como a aquisição de um carro de luxo, um Porsche, anteriormente pertencente ao ex-jogador Daniel Alves.
A esposa de Fred, Hianne Maria da Costa Pinto, foi detida junto com outros membros da organização, incluindo Alisson Barbosa Freitas, identificado como o “testa de ferro” do advogado. A operação resultou na apreensão de uma grande quantia em dinheiro, além de veículos de luxo, e também levou ao bloqueio de bens no valor de R$ 46 milhões.
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O esquema consistia na criação de cooperativas fictícias que ofereciam serviços diversos, desde a coleta de resíduos sólidos até a contratação de profissionais para diversas funções nas prefeituras envolvidas. Tudo isso fazia parte de uma estratégia para desviar dinheiro público e enriquecer os envolvidos ilicitamente.
Batizada de Operação Maligno, a ação resultou na prisão de cinco pessoas e na apreensão de documentos e bens relacionados ao esquema criminoso. Os acusados enfrentam uma série de acusações, incluindo peculato, fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público, entre outros crimes.
A investigação revelou que os contratos fraudulentos foram estabelecidos com 20 municípios de Alagoas, movimentando uma quantia impressionante de R$ 243 milhões ao longo de três anos. A colaboração entre os órgãos de segurança e a promotoria foi crucial para desvendar esse esquema complexo, que causou danos significativos aos cofres públicos e abalou a confiança da população nas instituições governamentais.