Gritzbach estava sendo investigado como suposto mandante do assassinato de dois membros do PCC, em um bairro nobre de São Paulo. Não é a primeira vez que a região do Tatuapé é palco de execuções ligadas à facção criminosa mais poderosa do país.
O inquérito policial conduzido pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), presidido por Fábio Baena e com investigação chefiada por Eduardo Monteiro, trouxe à luz um esquema de propina para retirar suspeitos de um inquérito. O policial Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, também estaria envolvido no caso.
A morte de Gritzbach, em novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, levou à prisão do delegado Baena e do investigador Monteiro, suspeitos de participação no crime. Outros policiais civis também estão envolvidos em ações criminosas com o PCC, de acordo com o MPSP.
A delação do corretor revelou um esquema de propina milionária envolvendo os policiais. O delegado Baena teria recebido grandes quantias de dinheiro para interferir em investigações e favorecer suspeitos. A prisão dos policiais foi considerada arbitrária e midiática pela defesa, que alega falta de provas consistentes.
A Operação Tacitus, deflagrada na terça-feira, cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em diversas cidades. Os envolvidos responderão por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, crimes que podem resultar em até 30 anos de prisão.
O desdobramento desse caso promete ser longo e complexo, com desdobramentos ainda desconhecidos. A sociedade aguarda por respostas e um desfecho justo diante de tamanha gravidade dos crimes envolvidos.