Corretor delata policiais ligados ao PCC em São Paulo e revela propina milionária: “Cana de bilhões”, diz delegado.

Na última semana, veio à tona uma investigação que envolve policiais civis de São Paulo em um esquema de corrupção relacionado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo relatos do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, em delação premiada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), os policiais Eduardo Monteiro e Fábio Baena teriam comemorado a prisão do corretor, se referindo a ele como “cana de bilhões”.

Gritzbach estava sendo investigado como suposto mandante do assassinato de dois membros do PCC, em um bairro nobre de São Paulo. Não é a primeira vez que a região do Tatuapé é palco de execuções ligadas à facção criminosa mais poderosa do país.

O inquérito policial conduzido pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), presidido por Fábio Baena e com investigação chefiada por Eduardo Monteiro, trouxe à luz um esquema de propina para retirar suspeitos de um inquérito. O policial Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, também estaria envolvido no caso.

A morte de Gritzbach, em novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, levou à prisão do delegado Baena e do investigador Monteiro, suspeitos de participação no crime. Outros policiais civis também estão envolvidos em ações criminosas com o PCC, de acordo com o MPSP.

A delação do corretor revelou um esquema de propina milionária envolvendo os policiais. O delegado Baena teria recebido grandes quantias de dinheiro para interferir em investigações e favorecer suspeitos. A prisão dos policiais foi considerada arbitrária e midiática pela defesa, que alega falta de provas consistentes.

A Operação Tacitus, deflagrada na terça-feira, cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em diversas cidades. Os envolvidos responderão por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, crimes que podem resultar em até 30 anos de prisão.

O desdobramento desse caso promete ser longo e complexo, com desdobramentos ainda desconhecidos. A sociedade aguarda por respostas e um desfecho justo diante de tamanha gravidade dos crimes envolvidos.

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