A liberação desse montante é especialmente relevante, uma vez que está vinculada a um plano de reestruturação da estatal. O apoio financeiro também está garantido pela União, o que denota a importância estratégica dos Correios para a infraestrutura nacional. Em termos práticos, o primeiro uso dos recursos será destinado ao pagamento de obrigações pendentes que afligem a empresa, como salários atrasados, precatórios e outras dívidas consideráveis.
O contrato estabelecido com os bancos terá um prazo de 15 anos, com vencimento em 2040, e visa não apenas a liquidação de passivos, mas também a promoção de investimentos estratégicos e capital de giro. Essa iniciativa é parte de um esforço mais amplo para reequilibrar as finanças da empresa, que enfrenta dificuldades financeiras há algum tempo.
Sob a liderança do presidente Emmanoel Rondon, que assumiu o cargo em setembro, a gestão dos Correios tem trabalhado para viabilizar esse empréstimo como um passo fundamental na implementação de um plano de reestruturação. As diretrizes desse plano incluem a redução de custos operacionais e o incremento de receitas, com a meta de que a empresa retorne ao lucro até 2027.
Entre as estratégias destacadas estão a demissão voluntária de 15 mil colaboradores, com uma distribuição de 10 mil desligamentos programados para 2026 e 5 mil para 2027. Além disso, prevê-se o fechamento de mil unidades dos Correios e a busca por parcerias com o setor privado, tudo isso com a intenção de adaptar a estatal às novas demandas do mercado e assegurar sua sustentabilidade a longo prazo.
