A identificação foi realizada pela odontolegista Isabella Lemos, que utilizou uma abordagem técnica que envolveu a análise de documentos e exames odontológicos solicitados pela suposta família da vítima. Os dados fornecidos incluíam fotografias intra-orais e extra-orais, além de radiografias panorâmicas e cefalometria, fundamentais para a elucidação da identidade do falecido. A perita destacou a importância de tais exames, que permitem comparações detalhadas e precisas entre as condições dentárias do indivíduo antes e depois da morte.
Em um depoimento à imprensa, Isabella ressaltou que a contribuição dos cirurgiões-dentistas é essencial em casos de identificação odontolegal. Ela enfatizou a necessidade de um registro cuidadoso no prontuário odontológico, incluindo a guarda de documentos como radiografias, fotografias do paciente e modelos em gesso. “Essas informações são cruciais e podem ser a chave para desvendar casos de identificação em situações complexas”, afirmou a especialista.
O caso de Artur Santos de Oliveira vem à tona em meio a uma reflexão sobre a importância da documentação médica e odontológica, que não só contribui para tratamentos, mas também desempenha um papel vital na identificação em situações extremas como a morte. Enquanto as investigações não avançam para esclarecer as causas do falecimento, a tragédia toca não apenas a família e amigos do enfermeiro, mas também a comunidade de saúde, que percebe a fragilidade da vida e a necessidade de cuidados nas informações que colecionam ao longo da prática profissional. O desfecho deste caso levará, sem dúvida, a debates sobre a segurança e os cuidados necessários no campo da saúde pública e pessoal.