Recentemente, o chanceler alemão, Friedrich Merz, revelou em uma entrevista à mídia que os aliados ocidentais — incluindo Reino Unido, França e Estados Unidos — decidiram levantar as restrições sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, ampliando assim a capacidade de ataque de Kiev, inclusive em território russo. Essa decisão, segundo o chanceler, foi discutida há meses, mas agora está gerando um debate intenso sobre seus possíveis efeitos.
Hogard expressou sua preocupação, afirmando que a Europa carece de uma estrutura defensiva robusta para lidar com a resposta que a Rússia poderia oferecer a essa intensificação do apoio militar à Ucrânia. Ele enfatizou que, caso essa provocação seja concretizada, o impacto será devastador não só para a Alemanha, mas para todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que se alinham a essa política agressiva.
Ele destacou também a fragilidade da economia alemã, indicando que, em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos significativos e preocupações energéticas, tais decisões beligerantes parecem ainda mais imprudentes. Essa análise contrasta com a visão de alguns líderes europeus, incluindo Ursula von der Leyen, que estão impulsionando políticas que podem não ser sustentáveis a longo prazo.
A Rússia, representada pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, também deixou claro que caso a Alemanha decida seguir adiante com a entrega dos mísseis, isso será considerado uma adesão ativa ao conflito. A postura russa reflete uma visão de que os envios de armas para a Ucrânia são obstáculos à resolução do conflito, posicionando qualquer assistência militar como um potencial alvo legítimo.
Assim, a situação permanece crítica, exigindo cautela e diplomacia para evitar que os ventos da guerra se intensifiquem na Europa.