No entanto, conversas de WhatsApp obtidas pela coluna demonstram que o coronel teve acesso ao documento já no dia 6 de janeiro. Ele estava em um grupo criado pela subsecretária de Operações Integradas da PMDF, Cíntia Queiroz, que compartilhou o PAI por volta das 14h16 daquele dia. Minutos depois, Rodrigues encaminhou o documento para o major Flávio Alencar, que confirmou ter lido o conteúdo.
Essas informações vieram à tona durante o processo em que o coronel era acusado de omissão, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e violação dos deveres. O coronel esteve preso de agosto de 2023 até abril deste ano em decorrência de sua participação nos atos golpistas do 8 de Janeiro.
Durante seu depoimento no STF, Rodrigues foi questionado sobre o momento em que teve acesso ao PAI, e suas respostas entraram em conflito com as evidências obtidas nas conversas de WhatsApp. A defesa do coronel não emitiu nenhum posicionamento sobre o caso até o momento.
A gravidade das acusações contra o coronel da PMDF o coloca em uma situação delicada perante a justiça, e a veracidade de suas declarações no depoimento ao STF será crucial para o desdobramento do caso. A sociedade aguarda por justiça e transparência nas investigações envolvendo autoridades públicas.