Após sua passagem pela Seleção Brasileira, onde o desempenho gerou críticas e questionamentos, Dorival se viu sob fogo cruzado, levando torcedores e jornalistas a questionar sua capacidade. Este cenário de desconfiança apenas aumentou a pressão sobre seus ombros na nova função no Corinthians. Em uma coletiva de imprensa realizada após a conquista, o técnico enfatizou que aceitar o convite para liderar a equipe tinha um significado muito pessoal, uma tentativa de se redimir diante das adversidades recentes e de provar, tanto a si mesmo quanto aos críticos, que um treinador é capaz de levar um time ao sucesso.
“Eu resolvi aceitar esse convite porque eu achava que precisava dar uma resposta a mim mesmo, em razão de tudo o que havia acontecido na Seleção, as contestações e deboches que as pessoas fazem sem se importar com o lado pessoal do ser humano”, afirmou. Apesar da pressão e do medo de fracassar, Dorival encontrou no Corinthians uma chance de reerguer sua carreira.
Ele reconheceu que o apoio dos colegas e torcedores foi escasso durante esse período conturbado, mas viu na adversidade uma oportunidade de unir o grupo. As provocações externas, resultantes de um desempenho abaixo das expectativas no Campeonato Brasileiro e nas competições internacionais, acabaram servindo como combustível motivacional para a equipe. “Aos que foram céticos, só tenho a deixar meu boa noite e um agradecimento, porque só nos motivou a crescermos e a buscarmos essa conquista”, declarou.
Com a vitória no Maracanã, Dorival Júnior alcançou sua quarta conquista na Copa do Brasil, igualando-se a Felipão em número de títulos. Antes desse feito, já havia vencido a competição com Santos em 2010, Flamengo em 2022 e São Paulo em 2023. A trajetória de ambos ilustra não apenas a importância do trabalho em equipe, mas também como a perseverança e a determinação podem transformar críticas em vitórias, firmando o Corinthians como um verdadeiro gigante do futebol brasileiro.







