Os exercícios deste ano têm uma escala similar à do ano passado, mas cerca de 40 das manobras de campo inicialmente programadas foram adiadas para setembro. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul justificou esse adiamento, mencionando não apenas condições climáticas desfavoráveis, mas também a intenção de minimizar as tensões com o regime de Pyongyang, que historicamente se opõe a este tipo de atividade militar conjunta.
A posição da Coreia do Norte sobre esses exercícios é clara. O ministro da Defesa, No Kwang Chol, emitiu uma declaração no dia 10 de agosto condenando as ações dos Estados Unidos e da Coreia do Sul como “provocativas” e advertiu sobre as consequências negativas que essas manobras poderiam acarretar. Este tipo de retórica, combinada com exercícios militares na região, costuma ser um estopim para reações mais contundentes por parte de Pyongyang.
Em resposta às crescentes ameaças da Coreia do Norte, Seul e Washington reafirmaram que a principal prioridade dessas manobras é a preparação e o treinamento para situações de conflito, especialmente em relação à retórica agressiva do regime norte-coreano. A situação permanece em um delicado equilíbrio, onde a prática militar se entrelaça com a diplomacia, enquanto ambos os lados buscam reafirmar suas posturas de segurança na região.