Coreia do Norte reafirma na ONU que nunca abandonará seu programa nuclear e critica aliança militar entre EUA, Coreia do Sul e Japão.

Na 80ª Assembleia Geral da ONU, a Coreia do Norte reafirmou sua determinação em manter inalterado seu programa nuclear, desafiando as pressões internacionais. Em uma declaração contundente, o vice-ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Kim Son-gyong, expressou que o país não tem intenção de desistir de sua política nuclear, a qual considera fundamental para sua soberania e sobrevivência.

O discurso foi proferido em um momento crítico, em que tensões na península coreana vêm sendo amplificadas por exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. Kim Son-gyong acusou as três nações de estarem criando um ambiente de instabilidade, que coloca em risco a paz na região. Ele enfatizou que essas simulações militares são uma ameaça direta à existência da Coreia do Norte, destacando a necessidade de manter a segurança através da continuidade de seu arsenal nuclear.

Durante sua fala, o diplomata afirmou que a “nuclearização” é uma questão de “legislação estatal e política nacional”, e que, independentemente das circunstâncias externas, o país jamais abrirá mão de sua posição. As declarações de Kim ecoam uma retórica habitual do regime, que utiliza a preservação de seu programa nuclear como uma justificativa para a resistência às pressões internacionais.

A postura intransigente da Coreia do Norte apresenta um imbróglio significativo no cenário geopolítico, especialmente considerando as recentes sanções e condenações da comunidade internacional. A dinâmica entre as potências envolvidas traz à tona a complexidade das relações na região, onde os interesses de segurança nacional dos países se chocam de forma intensa.

O claríssimo posicionamento do governo norte-coreano, ao mesmo tempo que serve para reafirmar sua identidade perante o mundo, também acende alarmes sobre a possibilidade de um aumento nas tensões ou até mesmo conflitos armados. Assim, a Assembleia Geral, um fórum de diálogo entre nações, torna-se palco de confrontos retóricos que refletem as profundas divisões e medos que permeiam a política internacional contemporânea.

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