As estradas afetadas foram a linha Gyeongui na costa oeste e a linha Donghae na costa leste, importantes ligações rodoviárias e ferroviárias entre o Norte e o Sul, que foram destruídas por explosivos por volta das 12h, horário local da Coreia, de acordo com o Estado-Maior Conjunto (JCS) de Seul.
Embora as estradas não estivessem em uso há anos e a destruição não tenha impacto prático imediato, o simbolismo por trás dessas explosões é significativo. Elas ocorrem em meio a uma escalada de tensões entre os líderes das duas Coreias.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul divulgou um vídeo mostrando as explosões nas estradas, seguidas pela chegada de máquinas pesadas, como caminhões e escavadeiras, para realizar operações adicionais. As autoridades sul-coreanas responderam às explosões disparando artilharia na área ao sul da linha de demarcação militar e mantendo uma postura de prontidão total em cooperação com os Estados Unidos.
Essas explosões vêm após a Coreia do Norte acusar a Coreia do Sul de enviar drones de propaganda sobre sua capital Pyongyang e ameaçar retaliar. Recentemente, o líder norte-coreano Kim Jong-un descartou a busca por reunificação pacífica com o Sul, declarando as relações intercoreanas como um “relacionamento entre dois países hostis e beligerantes em guerra”.
Diante desse cenário tenso, a Coreia do Norte afirmou que cortaria completamente seu território do Sul, em resposta a exercícios de guerra realizados pelo Sul e a presença de ativos nucleares estratégicos dos EUA na região. Essas medidas intensificam as preocupações sobre a direção que a nação isolada está tomando, particularmente em relação ao seu programa nuclear e às crescentes ameaças proferidas por ambos os lados.
Em suma, as explosões nas estradas na fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul representam mais um capítulo perigoso em uma saga de tensões que perdura há décadas. A comunidade internacional permanece em alerta diante desses eventos e suas potenciais ramificações para a estabilidade da região.
