Coreia do Norte encontra destroços de drone sul-coreano e ameaça retaliação a novas incursões no espaço aéreo de Pyongyang.



Recentemente, autoridades da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) anunciaram a descoberta de destroços de um drone sul-coreano em Pyongyang, uma revelação que aumenta a tensão nas já complexas relações entre as duas Coreias. De acordo com o Ministério da Defesa norte-coreano, os destroços foram encontrados em 13 de outubro e foram associados a uma série de supostas incursões sul-coreanas que ocorreram ao longo do mês. O governo de Pyongyang considerou essas ações como provocativas e uma violação da soberania do país.

Em seus comentários, o Ministério da Defesa da RPDC deixou claro que qualquer novo incidente envolvendo ativos militares da Coreia do Sul, especialmente drones, será interpretado como uma declaração de guerra. Além disso, a liderança norte-coreana não hesitou em ameaçar retaliação imediata em resposta a ações percebidas como hostis. Esta postura agressiva ressalta a fragilidade das relações entre as duas nações, que estão tecnicamente em estado de guerra desde o conflito da década de 1950.

Os militares sul-coreanos seriam responsáveis por lançamentos de drones sobre o território de Pyongyang em pelo menos três ocasiões desde o início de outubro. Os veículos aéreos não tripulados foram usados para a distribuição de panfletos, uma manobra que, segundo autoridades da RPDC, representa um ato provocativo e um ataque à sua integridade territorial. A retórica cada vez mais beligerante reflete a escalada das tensões que têm marcado a península coreana nos últimos anos, especialmente após a intensificação de testes de mísseis e manobras militares por parte da Coreia do Norte.

Os pilares da comunicação entre Sul e Norte continuam frágeis, e a descoberta dos destroços do drone certamente alimentará novas polêmicas e possíveis ações represivas por parte do regime de Kim Jong-un. As preocupações com a segurança na região se intensificam em um panorama que se caracteriza pela falta de diálogo e pela constante proliferação de armas, levando especialistas a alertar sobre o risco de um novo conflito armado na península.

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