Coreia do Norte dispara míssil em direção à Coreia do Sul após fim de exercícios militares com os EUA, diz Estado-Maior.

Nesta segunda-feira, 18, a Coreia do Norte realizou um novo teste de mísseis, disparando um artefato em direção à costa leste da Coreia do Sul. A ação foi confirmada pelo Estado-Maior Conjunto sul-coreano, que não forneceu detalhes sobre o lançamento. Esse é o primeiro teste de mísseis conhecido realizado pelo país desde meados de fevereiro, quando foram feitos lançamentos de mísseis de cruzeiro.

O lançamento ocorre logo após as forças armadas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul finalizarem seus exercícios militares anuais, que são vistos pela Coreia do Norte como um ensaio de invasão. O Ministério da Defesa do Japão também detectou o lançamento do míssil e a guarda costeira afirmou que um suposto míssil norte-coreano caiu no oceano.

Durante os exercícios militares recentes, o líder norte-coreano Kim Jong Un conduziu uma série de treinamentos militares envolvendo diversos equipamentos militares. No entanto, não houve testes de mísseis durante a realização dos exercícios.

As relações na Península Coreana continuam tensas, com a Coreia do Norte realizando diversos testes de mísseis desde 2022, muitos deles envolvendo artefatos com capacidade nuclear. Este ano, o país já realizou seis rodadas de testes de mísseis antes do lançamento desta segunda-feira.

Especialistas afirmam que a Coreia do Norte busca aumentar seu arsenal de armas para fortalecer sua influência na diplomacia futura com os Estados Unidos e busca obter um alívio significativo das sanções, mantendo ao mesmo tempo suas armas nucleares.

Desde que o líder Kim Jong Un prometeu, em janeiro, rever a constituição para eliminar o objetivo de unificação pacífica da Península Coreana e consolidar a Coreia do Sul como seu “principal inimigo invariável”, as preocupações com os movimentos militares norte-coreanos aumentaram.

Apesar das tensões na região, as perspectivas de um ataque em grande escala por parte da Coreia do Norte são vistas como fracas pelos especialistas, diante do poderio militar dos EUA e da Coreia do Sul. A situação na península coreana continua a ser monitorada de perto.

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