Amanhã, a Coreia do Sul dará início a dois exercícios simultâneos, entre os quais se destaca o Freedom Edge, uma iniciativa trilateral que envolve as forças dos EUA e do Japão em um treinamento abrangente. O segundo exercício, conhecido como Iron Mace, simula uma resposta a um possível ataque nuclear, também em colaboração com os EUA. A mídia sul-coreana detalha que esses exercícios são parte de um esforço contínuo para aumentar a prontidão das forças aliadas na região.
Pak Jong-chon, vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, expressou sua preocupação, descrevendo o Iron Mace como um “ensaio de guerra nuclear”, e acusou os países envolvidos de se prepararem para usar armamentos nucleares contra a Coreia do Norte. Ele foi ainda mais incisivo ao afirmar que o Freedom Edge é o mais abrangente e ofensivo exercício militar já realizado, ressaltando a escala e a natureza da operação como desproporcionais e provocativas.
Além disso, Kim Yo-jong, vice-diretora do departamento do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, também se manifestou sobre o tema. Ela apontou que as recentes diretrizes elaboradas pelos EUA e pela Coreia do Sul relacionadas à dissuasão nuclear na península são, segundo ela, uma ideia extremamente perigosa.
As autoridades norte-coreanas reafirmaram que tais ações militares por parte dos três países constituem uma ameaça não apenas aos interesses de segurança da Coreia do Norte, mas também podem comprometer a estabilidade regional e elevar o nível de tensão militar na área. Este contexto aponta para um aumento nas hostilidades e incertezas sobre o futuro das relações na região, com a possibilidade de repercussões significativas na dinâmica de segurança da península coreana e além.