Os representantes norte-coreanos argumentaram que a abordagem dos EUA em relação à desnuclearização é comparável a uma tentativa de retroceder no tempo, sugerindo que seria como se sociedades modernas fossem instadas a adotar modos primitivos de vida. Essa analogia demonstra a indignação de Pyongyang com o que considera uma falta de reconhecimento da evolução das capacidades estratégicas da Coreia do Norte e com a dinâmica das relações internacionais contemporâneas.
De acordo com a declaração oficial, a Coreia do Norte vê o plano estadunidense como resultado de uma incapacidade de compreender a realidade atual. Eles afirmam que, quanto mais os EUA tentam pressionar o país por meio de medidas consideradas ineficazes, mais a Coreia do Norte se comprometerá em fortalecer ainda mais seu poder estratégico. Essa postura reitera a determinação do regime de Kim Jong-un em manter suas capacidades nucleares como uma forma de garantir sua segurança nacional.
A tensão entre a Coreia do Norte e os EUA não é nova e remonta há décadas, sendo marcada por uma série de sanções internacionais e diálogos fracassados. Recentemente, o clima de desconfiança e hostilidade só se intensificou, o que leva a diversas especulações sobre os próximos passos que podem ser tomados por ambas as partes no cenário internacional.
O recado de Pyongyang ocorre em um momento de crescente apreensão regional, especialmente em um contexto onde alianças militares e estratégicas estão sendo constantemente reformuladas. Analistas acreditam que para a Coreia do Norte, a retenção de suas armas nucleares é uma questão de sobrevivência, e que o regime não tem intenção de desistir de seu arsenal em troca de promessas que considera vãs. Essa declaração ressalta a complexidade e a fragilidade das relações na Península Coreana e os desafios que o futuro reserva para a diplomacia nessa região volátil.