O Bulsae-4 em particular se assemelha a sistemas de mísseis de outras potências, como o AFT-10 da China e o Spike NLOS de Israel, mas apresenta inovações que o colocam em uma posição vantajosa no espectro da artilharia moderna. O sistema é classificado como um projeto de alta precisão, capaz de fornecer suporte de artilharia convencional em distâncias que rivalizam com os sistemas tradionais. Ele integra características dos projéteis guiados, que são fundamentais em operações militares contemporâneas.
Uma das principais vantagens do Bulsae-4 reside em sua capacidade de operar além do alcance visual direto, uma característica que lhe permite engajar alvos a distâncias significativas. O sistema pode acertar veículos blindados em um raio de 7 a 8 quilômetros, caso esses possuam equipamentos ópticos de qualidade. Sem tais aprimoramentos, o alcance efetivo se limita a cerca de 2 quilômetros. Essa capacidade de “além do horizonte” representa um avanço significativo em comparação com os sistemas de mísseis antitanque convencionais, que frequentemente exigem linha de visão direta para operar de forma eficaz.
Esses desenvolvimentos vêm em um contexto de crescente tensão na Península Coreana, onde a modernização das capacidades militares da Coreia do Norte levanta preocupações entre as potências vizinhas e a comunidade internacional. À medida que o país avança em sua tecnologia bélica, a dinâmica regional se torna cada vez mais complexa, exigindo uma atenção redobrada por parte de analistas e formuladores de políticas globais. O potencial impacto do Bulsae-4, juntamente com outras inovações militares, poderá mudar significativamente o equilíbrio de poder na região, afetando as discussões sobre segurança e estabilidade na Ásia Oriental.