Uma pesquisa do Projeções Broadcast revelou que 93% das 60 instituições financeiras consultadas já previam que o Copom seguiria com esse ritmo de redução nas reuniões de março e maio. O comunicado do Copom ressaltou que os membros do Comitê antecipam uma redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e consideram esse ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
O ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá de fatores como a evolução da dinâmica inflacionária, as expectativas de inflação, as projeções de inflação, o hiato do produto e o balanço de riscos, conforme reiterado pelo Copom. A diretoria do BC também enfatizou a importância de manter a cautela e moderação na condução da política monetária, enquanto reconhece que o processo desinflacionário ainda é lento e as expectativas de inflação estão parcialmente ancoradas.
O cenário global desafiador também foi destacado como um ponto de atenção pelo Copom, que reforçou a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno das metas estabelecidas. A mensagem do órgão reforça a prudência e a continuidade do processo de flexibilização monetária, com o objetivo de impulsionar a economia e controlar a inflação.
A decisão do Copom reflete a busca por um equilíbrio entre o estímulo à atividade econômica e o controle da inflação, em um cenário de desafios tanto internos quanto externos. A expectativa é que tais medidas possam contribuir para a recuperação econômica do país nos próximos meses.