Nesta quarta-feira (18/9), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tomou, por unanimidade, a decisão de aumentar a taxa básica de juros do país, a Selic, para 10,75% ao ano. Esse aumento de 0,25 ponto percentual (p.p.) estava dentro das expectativas do mercado financeiro, que indicavam uma variação entre 0,25 p.p. e 0,50 p.p.
Essa é a primeira elevação da taxa de juros em dois anos, marcando o fim de um período de reduções. A última vez que a Selic subiu foi em agosto de 2022, quando passou de 12,75% para 13,25% ao ano, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Com essa decisão, a Selic retorna ao mesmo patamar de março deste ano, de 10,75% ao ano. Esse aumento nos juros não surpreendeu, considerando que, na ata da última reunião do Copom, realizada em julho, o BC indicou sua disposição em elevar a taxa de juros, se necessário, para garantir a convergência da inflação à meta.
A elevação da taxa de juros é uma medida adotada pelo Banco Central para controlar a inflação, podendo resultar em uma redução do consumo e dos investimentos no país. Isso ocorre porque o crédito se torna mais caro e a atividade econômica tende a desacelerar, o que pode levar a uma queda nos preços para produtores e consumidores.
Os analistas consultados pelo Banco Central esperam que a Selic chegue a 11,25% ao ano até o fim de 2024, com previsões de aumento nas próximas reuniões do Copom. O mercado estima que a taxa de juros pode ficar em 10,75% ao ano ou 11% ao ano, demonstrando certa volatilidade nos cenários econômicos.
Diante desse cenário, o Copom já tem agendadas as próximas reuniões para os meses de novembro e dezembro, seguindo o calendário divulgado. Espera-se que as decisões tomadas nessas reuniões continuem influenciando a economia do país e as perspectivas de inflação e crescimento.
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