Essa elevação de 1 ponto percentual coloca a Selic no maior patamar em quase uma década, desde julho de 2015, época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O ciclo de aumento dos juros teve início em setembro de 2024, quando o Copom decidiu interromper o ciclo de cortes e começou a elevar a taxa, que passou de 10,50% para os atuais 14,25%.
Essa quinta alta consecutiva da Selic visa controlar a inflação e desestimular o consumo e os investimentos, já que o crédito tende a ficar mais caro. A projeção do mercado é que a taxa de juros continue subindo nos próximos meses, podendo ultrapassar os 15% ao ano ainda neste semestre.
Os diretores do Copom têm a missão de conduzir a política monetária do país para manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ainda assim, as expectativas para a inflação em 2025 continuam desancoradas, o que requer novas elevações dos juros para tentar reverter esse cenário.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 6 e 7 de maio, e as estimativas do mercado indicam que a Selic pode chegar a 15% ao ano neste ano, mantendo-se em patamares elevados ao longo dos próximos anos. O futuro da economia brasileira dependerá das medidas do Banco Central e do comportamento da inflação nos próximos meses.