No comunicado divulgado após a reunião, o Copom sinalizou que pretende manter o ritmo de elevação nas próximas reuniões, agendadas para janeiro e março de 2025. Mesmo diante da mudança na composição do colegiado, com a entrada de novos integrantes, incluindo o substituto de Roberto Campos Neto na presidência, a postura de combate à inflação continuará sendo prioridade.
O aumento da taxa Selic foi justificado pelo Copom com base no cenário econômico global desafiador, especialmente nos Estados Unidos, e nas projeções de inflação mais altas no Brasil. Segundo a pesquisa Focus, as expectativas apontam para uma inflação de 4,8% em 2024 e 4,6% em 2025. O Copom projeta que a inflação deve se manter em torno de 4% no segundo trimestre de 2026, o que justifica a necessidade de uma política monetária mais restritiva.
Apesar da justificativa do Copom, a decisão de aumentar a taxa Selic gerou críticas de entidades do setor produtivo, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a CNI, o aumento é considerado “injustificado” e pode impactar negativamente a desaceleração da economia. A entidade defende que o Banco Central deveria seguir a tendência global de redução de juros, argumentando que a atual política de alta compromete a recuperação econômica do país.
Com a decisão tomada, investidores e analistas aguardam os próximos passos do Copom e as possíveis repercussões dessa medida na economia brasileira.