Copel apresenta plano estratégico para redução de custos e preparação para oportunidades de mercado após privatização.

A Copel, empresa paranaense do setor de energia, realizou na última quarta-feira seu primeiro evento próprio com investidores após a privatização. Durante o encontro, a companhia apresentou seu plano estratégico para os próximos três anos, focado em saneamento de custos e investimentos em distribuição, além de se preparar para possíveis oportunidades de mercado no futuro.

O plano envolve uma economia de mais de R$ 500 milhões nos próximos três anos, através da otimização de despesas com pessoal, material e serviços de terceiros. A alienação de ativos, como a termelétrica movida a carvão e pequenas centrais hidrelétricas, também faz parte do processo de redução de custos da empresa. Além disso, estão em andamento operações de venda da Compagas e da usina termelétrica Araucária, como parte da estratégia de foco em atividades relacionadas exclusivamente à energia elétrica.

O diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, destacou que essa iniciativa de redução de despesas é apenas a primeira fase do ciclo pós-privatização da companhia. Ele ressaltou a “agenda mais abrangente” da empresa e enfatizou a importância da execução impecável do plano estratégico para o crescimento da empresa, sem grandes mudanças de direção.

Apoiando-se na necessidade de modernização da base operacional e no crescimento econômico do Paraná, a Copel está focada em investimentos na área de distribuição. A empresa descartou seu interesse em ativos fora da área de concessão, como a Amazonas Energia e a Light, mas está avaliando possíveis oportunidades de participação em certames de transmissão em 2024.

A diretoria da Copel também admitiu que o cenário atual de baixos preços de energia representa um desafio, mas se mostrou confiante na estratégia de contratação de energia para os próximos anos. A expectativa é de que os preços voltem a patamares mais atrativos a partir de 2026.

O grande destaque do evento foi o posicionamento da empresa diante do leilão de reserva de capacidade previsto para 2024. Os executivos ressaltaram a possibilidade de ampliação da hidrelétrica de Foz do Areia, o que pode ser um diferencial na competição, cujas regras ainda não foram definidas.

Em resumo, a Copel apresentou um plano estratégico ambicioso, focado na redução de custos, investimentos em distribuição e preparação para oportunidades de mercado. Com a privatização da companhia, a expectativa é de um crescimento sólido nos próximos anos, de acordo com os diretores da empresa.

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