Essa declaração se dá em um contexto delicado. Em 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu as licenças de exploração nesta região, motivado por temores relacionados à biodiversidade. A preocupação central é como essas atividades podem impactar ecossistemas já ameaçados. No entanto, segundo Corrêa do Lago, a exploração dos recursos naturais não comprometeria o progresso do Brasil na área ambiental, sugerindo que é possível balancear a extração de petróleo com compromissos ecológicos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em apoio a essa perspectiva, enfatizou a importância de utilizar tecnologias que preservem a biodiversidade, argumentando que a transição energética pode necessitar ainda da utilização de combustíveis fósseis em um primeiro momento. Ele também expressou preocupação com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, alertando que essa decisão pode afetar negativamente as metas globais de combate às mudanças climáticas e, especificamente, os 1,3 trilhões de dólares em financiamento destinados a projetos ambientais em países em desenvolvimento.
Essas tensões destacam a complexidade do desenvolvimento sustentável, onde a exploração de recursos naturais se choca com a urgência da conservação ambiental. A posição de Corrêa do Lago e do governo brasileiro reflete uma tentativa de articular interesses econômicos com compromissos ecológicos, mesmo em um cenário dividido e cheio de desafios. As próximas meses serão cruciais, especialmente com a iminência da COP30, que trará à tona debates intensos sobre o futuro do clima e da biodiversidade no Brasil e no mundo.