COP30 em risco: Aumento abusivo de preços em Belém faz países solicitarem transferência do evento, ameaçando participação de delegações de países em desenvolvimento.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, trouxe à tona uma situação preocupante que pode impactar a realização da conferência em Belém, no Pará. De acordo com informações recentes, diversas nações já manifestaram formalmente o desejo de transferir o evento devido ao exorbitante aumento nos preços das diárias de hotéis, que chegaram a ser 15 vezes superiores ao valor padrão. Essa explosão de preços gerou um sentimento de revolta especialmente entre as delegações de países em desenvolvimento, que enfrentam dificuldades financeiras para garantir sua participação no evento.

Enquanto em outros locais que sediaram conferências anteriores os reajustes nos preços não ultrapassaram três vezes, em Belém a situação é ainda mais alarmante. Essa realidade não apenas afeta os visitantes estrangeiros, mas também provoca críticas internas, dentro do próprio Brasil, onde há uma crescente insatisfação com a falta de controle sobre os preços. O Grupo Africano de Negociadores, por exemplo, exige ações concretas do governo brasileiro. Os representantes africanos consideram que as sugestões para a redução das delegações, apresentadas até o momento, são insuficientes frente à gravidade da situação.

Em resposta a essa crise, Corrêa do Lago informou que a Casa Civil está coordenando um grupo de trabalho destinado a dialogar com o setor hoteleiro, visando mitigar os preços excessivos. No entanto, o grande entrave se dá pela falta de uma legislação que coíba práticas abusivas de cobrança, o que deixa o Brasil em uma posição delicada. A possibilidade de sediar uma Conferência das Partes (COP) esvaziada, manchada por denúncias de exploração comercial, se torna uma realidade palpável se medidas eficazes não forem implementadas rapidamente.

Diante desse cenário, a expectativa é de que haja um esforço conjunto e decidido para garantir que a COP30 não apenas ocorra, mas que também se desenvolva de forma a ser acessível e representativa, respeitando a importância do evento para a discussão de questões tão cruciais para o futuro do planeta. A pressão está crescendo, e cabe ao governo brasileiro agir de maneira ágil para evitar que a imagem do país e, por extensão, a credibilidade da conferência, sejam comprometidas.

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