Contrato de time mineiro com Bruno permite rescisão em caso de prisão
Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina que o goleiro Bruno Fernandes volte à prisão, o clube mineiro de futebol Boa Esporte, que contratou o atleta, estuda o que será feito agora com o impedimento judicial. Uma cláusula dá à agremiação o direito de rescindir o contrato um caso de volta para a prisão. No entanto, não há definição sobre se esta medida será tomada.
Segundo o msn, a contratação do goleiro, condenado pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, ocorreu depois que uma liminar do STF permitiu que Bruno fosse solto, em 24 de fevereiro. O atleta, que jogava pelo Flamengo, estreou pelo clube mineiro em 8 de abril, quando cometeu um pênalti no empate em 1 a 1 contra o Uberaba.
Depois atuou em mais quatro partidas, tendo tomado no total quatro gols. Nesta terça-feira, por 3 a 1, a Primeira Turma do Supremo decidiu mandar Bruno de volta para a prisão. Após a decisão do STF, o Boa cancelou o treino da tarde desta terça-feira e diretores se negaram a falar sobre a decisão.
A decisão judicial. Por maioria, o Supremo decidiu não referendar a liminar que havia sido concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello no dia 21 de fevereiro deste ano. Ao analisar o caso, Marco Aurélio considerou o fato de o jogador possuir bons antecedentes, além de destacar que o recurso apresentado pela defesa ainda não havia sido apreciado pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram a favor de mandar de volta para a prisão o goleiro, conforme havia sido pedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro Luís Roberto Barroso não compareceu à sessão.
Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou Bruno a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho.
25/04/2017