Nos últimos dez anos, o valor dos negócios de capital de risco no setor de defesa aumentou significativamente, impulsionado pela convergência tecnológica entre os setores comercial e de defesa. Apesar de questões éticas que costumavam ser levantadas por governos europeus, os investimentos e aplicações tecnológicas ganharam novo fôlego com a guerra por procuração da OTAN contra a Rússia na Ucrânia.
Recentemente, a BAE System anunciou a aquisição da Ball Aerospace por US$ 5,6 bilhões, destacando os movimentos de consolidação no setor. No entanto, o analista Robert Stallard, da Vertical Research Partners, aponta diferenças de abordagem entre os Estados Unidos e a Europa. Enquanto os EUA seguem uma visão mais ampla e liberal para o setor de defesa, a Europa busca valorizar joint ventures e parcerias em vez de grandes aquisições.
O ano de 2024 foi marcado pela necessidade de modernização do setor de defesa, abrindo espaço para o capital privado desempenhar um papel relevante. Com governos lidando com crises políticas e inflação, as empresas precisam garantir taxas de juros e remodelar suas cadeias de produção para se manterem competitivas.
Diante desse cenário, a indústria de defesa segue em constante evolução e adaptação, buscando se manter à frente dos desafios globais e das demandas por inovação e segurança.