Após meses de seca extrema, que afetou principalmente as hidrelétricas, a implementação da bandeira amarela é um sinal positivo, refletindo a recente melhoria nas chuvas. Contudo, especialistas alertam que ainda é um momento de vigilância, visto que as previsões para o atual ciclo de chuvas indicam volumes abaixo da média, o que pode impactar negativamente a geração de energia elétrica, que depende fortemente dessas fontes hídricas.
Desde a sua criação em 2015, as bandeiras tarifárias servem para ajustar os preços da energia conforme a variação nos custos de produção. Durante períodos de seca severa, os reservatórios das usinas hidrelétricas ficam prejudicados, forçando o acionamento de termelétricas, que produzem energia a um custo maior. Historicamente, a bandeira verde teve um longo período entre abril de 2022 e julho de 2023, sem taxas adicionais, mas a recente seca alterou esse cenário.
Os meses de junho, julho e agosto de 2024 foram registrados como os mais secos nos últimos 94 anos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o que acendeu um alerta sobre a segurança energética. O governo federal, para mitigar riscos, está considerando a utilização de até 80% das termelétricas disponíveis. Assim, enquanto a bandeira amarela oferece um alívio temporário nas contas de luz, a necessidade de um uso mais consciente e responsável da energia continua sendo um tema central entre autoridades e consumidores.