Durante 43 anos, 133.771 profissionais de saúde com idade média de 49 anos foram acompanhados de perto pelos pesquisadores. O grupo de “carne processada” incluiu alimentos como bacon, linguiça, salsicha, salame e mortadela, enquanto o grupo de “carne vermelha” contemplou carnes bovina, suína, de cordeiro e hambúrgueres. Os resultados apontaram que indivíduos que consumiram uma média de 0,25 porção diária de carne processada apresentaram um risco 13% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que consumiam menos ou nenhuma carne processada.
Além disso, o envelhecimento cognitivo foi acelerado em até 1,69 anos a cada porção adicional de carne processada consumida por dia. O consumo de carne vermelha também teve impacto, embora menos expressivo, com um aumento de 16% no risco de declínio cognitivo subjetivo para aqueles que consumiam uma porção ou mais por dia.
Embora a pesquisa tenha suas limitações, especialistas destacam a importância dos resultados e aconselham a redução do consumo de carne vermelha e processada sempre que possível. O nutricionista Dong Wang, principal autor do estudo, alerta para os efeitos negativos da carne vermelha rica em gordura saturada, que está associada a doenças cardíacas e diabetes tipo 2, que por sua vez afetam a saúde cerebral.
Apesar das ressalvas dos especialistas, a pesquisa traz à tona a necessidade de conscientização sobre os impactos da alimentação na saúde cerebral e reforça a importância de adotar uma dieta equilibrada e saudável para prevenir doenças neurodegenerativas.