Esses consumidores têm representado um papel fundamental na resiliência da economia dos EUA, mantendo o otimismo e a predisposição em gastar, mesmo com a incerteza econômica. Empresas como a operadora de cruzeiros Carnival Corp. têm notado um aumento nas reservas de cruzeiros, assim como uma maior priorização dos gastos em experiências em detrimento de bens materiais.
Esse comportamento tem impulsionado a expansão do PIB americano, que cresceu no ritmo mais rápido em quase dois anos no terceiro trimestre, desafiando as previsões de uma recessão iminente. No entanto, mesmo com os sinais de recuperação econômica, há indícios de que os mais ricos também estão comprando menos, com uma diminuição no nível de poupança e uma inflação persistente que supera os ganhos salariais.
Muitas empresas, especialmente aquelas que vendem mercadorias, como roupas e eletrodomésticos, estão enfrentando queda nas vendas. Entretanto, as empresas focadas na experiência têm obtido vantagem nesse cenário, buscando adaptar-se à preferência dos consumidores por experiências em vez de bens físicos.
A Signet Jewelers, por exemplo, tem investido em personalização de joias oferecendo aos compradores a oportunidade de criar suas próprias peças, a fim de impulsionar as vendas em queda. Outras empresas têm seguido esse exemplo, buscando proporcionar experiências mais interativas e personalizadas aos consumidores.
Assim, enquanto o fenômeno “YOLO” tem desafiado as expectativas e impulsionado a economia, também coloca desafios para muitas empresas que precisam se reinventar para se ajustar à preferência por experiências em vez de bens materiais. A resiliência e o impacto desse grupo de consumidores continuarão a ser observados nos próximos trimestres e poderão moldar a maneira como as empresas se relacionam com seus clientes.