O pedido de cassação contra Glauber Braga foi feito pelo Partido Liberal (PL), após o deputado se envolver em embates físicos em abril com o membro do MBL Gabriel Costenaro e o deputado Kim Kataguiri (União-SP), fundador do movimento. Glauber expulsou Costenaro, aos chutes, do interior da Casa, o que gerou grande repercussão na época.
O relator do processo, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), alegou “ausência de justa causa” e votou pelo arquivamento do pedido de cassação. A maioria do Conselho de Ética seguiu o parecer do relator e aprovou o arquivamento do processo por 9 votos a favor e 4 contra.
Além disso, estava prevista para esta quarta-feira a leitura do plano de trabalho da relatora do processo de cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), acusado de ser mandante da morte da vereadora Marielle Franco. No entanto, a pauta foi invertida para analisar o caso de Glauber Braga, que deve ser discutido na próxima sessão do colegiado.
A decisão de arquivar o processo contra Glauber Braga ocorre após o Conselho de Ética também absolver o deputado federal André Janones em outro pedido de cassação. A sessão que absolveu Janones na semana passada foi marcada por confusão, com deputados da oposição cercando o parlamentar e a polícia legislativa tendo que intervir para retirá-lo da sessão.
Em resposta a esses episódios, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apresentou uma proposta para coibir brigas entre deputados da Casa. O projeto prevê “afastamentos cautelares” pela Mesa Diretora nos casos em que parlamentares infrinjam o código de ética da Casa.
