O Conselho, composto por 17 organizações independentes, fundamentou sua escolha na alegação de que o prêmio atribuído a Machado não estava alinhado com os valores da instituição. Eline H. Lorentzen, presidente do conselho, expressou que essa foi uma “decisão difícil, mas necessária”. Ela ressaltou a importância de ser fiel aos princípios que regem a entidade e ao movimento amplo pela paz do qual fazem parte. Lorentzen também enfatizou a expectativa de retomar a comemoração do Nobel da Paz em anos futuros.
María Corina Machado, uma figura central na oposição venezuelana, lidera um movimento que visa um novo governo para o país e tem se preparado para as eleições presidenciais de julho de 2024. Entretanto, sua trajetória política é marcada por controvérsias e acusações sérias. O governo da Venezuela já denunciou Machado por solicitar um ataque dos Estados Unidos contra a nação, alegando que ela considera a Venezuela uma ameaça para o Hemisfério Ocidental.
Além disso, Machado também enfrenta investigações por crimes considerados graves em seu país, como usurpação de funções e incitação à desobediência. Essas questões levantam um debate profundo sobre o papel da oposição política em contextos de crise e a responsabilidade de líderes que buscam apoio internacional em suas lutas. A decisão do Conselho da Paz parece refletir a complexidade do cenário político venezuelano e os desafios que envolvem a luta pela democracia e os direitos humanos na região. Em suma, a controvérsia em torno do Prêmio Nobel da Paz deste ano aponta para um cenário de tensão e incerteza na Venezuela e nas relações internacionais que a cercam.
