A confusão começou quando uma pessoa que estava na sessão relatou nas redes sociais que funcionários do Cinemark interromperam o filme, pedindo que todas as crianças presentes deixassem a sala. De acordo com o relatos, uma família se recusou a sair, o que provocou a chamada da polícia e causou a paralisação da sessão por quase uma hora. Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram o momento em que os policiais conversavam com a família, enquanto outros espectadores exclamavam para que eles se retirassem rapidamente.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que um boletim de ocorrência foi registrado pela mãe, que afirmou que não estava ciente da nova classificação ao comprar os ingressos. O caso foi encaminhado ao 66° Distrito Policial, responsável pela área, e a SSP mencionou que as diligências estão em curso para elucidar os detalhes da situação.
A repercussão da decisão sobre a classificação indicativa do filme gerou debates nas redes sociais. O Ministério da Justiça havia determinado, um dia antes da estreia do filme no Brasil, que a classificação seria para maiores de 18 anos, em contrariedade ao pedido inicial da Sony Pictures de que fosse para maiores de 14 anos. Em uma nota oficial, a diretoria responsável justificou a manutenção da classificação em função de conteúdos considerados inapropriados para o público mais jovem.
A franquia “Demon Slayer”, criada pelo mangaká Koyoharu Gotouge, conquistou fãs em todo o mundo desde sua estreia em formato de mangá, com uma narrativa envolvente que apresenta temas de coragem, amizade e superação. Com adaptações para o formato anime e filmes de sucesso, a série rapidamente se tornou uma das mais influentes da cultura pop contemporânea.
A confusão no cinema não apenas levantou questões sobre a classificação etária, mas também evidenciou o impacto cultural que a obra possui e a responsabilidade que vem com isso quando se trata de um público jovem ansioso para apreciar suas histórias favoritas.