Confusão e tumulto marcam culto após pastor tentar confessar traição a fiéis em Joinville; polícia é chamada para controlar a situação.

Em um incidente significativo na Igreja Imagem e Semelhança, localizada em Joinville, Santa Catarina, um culto realizado no último domingo (29) se transformou em caos após o pastor Ailton da Silva Novaes tentar abordar publicamente uma polêmica traição. A celebração religiosa, que atraía um número considerável de fiéis, foi interrompida por confrontos entre o pastor e membros da congregação, levando à intervenção da Polícia Militar.

O pastor, que possui um longo histórico de 23 anos de matrimônio com a também pastora Cintia Carla Silva Novaes, buscava confessar um adultério que havia cometido. Ao tentar se manifestar sobre sua situação pessoal, Ailton foi rapidamente confrontado por dois fiéis insatisfeitos, o que acabou criando um tumulto no interior da igreja.

Em declarações, Ailton demonstrou desânimo, afirmando que sua intenção era a de expor seu erro e buscar perdão junto à comunidade. “Fui à igreja para conversar abertamente. Quando comecei a falar, o caos se instaurou, impedindo minha confissão”, comentou o pastor, que posteriormente gravou um vídeo ao lado de sua esposa no dia seguinte, onde admitiu seu engano e pediu perdão aos membros da igreja.

Ailton se defendeu de acusações adicionais, como a de utilizar recursos da igreja para benefícios pessoais, negando categoricamente que tivesse usado o dízimo para comprar bens para uma amante. Ele enfatizou que a única infração cometida foi o adultério, e expressou sua vontade de manter sua honra e de sua família em primeiro lugar.

Sua esposa, Cintia, também demonstrou força e compaixão ao se pronunciar no vídeo. Ela revelou que descobriu a traição por meio de mensagens e optou por perdoar o marido, enfatizando que a base do perdão é fundamental entre os fiéis. Cintia ressaltou que, apesar das dificuldades, o casal sempre se esforçou para apoiar a comunidade e exemplificar valores positivos.

Ela refletiu sobre a pressão que o ministério pode criar nas relações pessoais, destacando como a vida pastoral frequentemente exige que os líderes se coloquem em segundo plano em relação às necessidades da congregação. O episódio gerou um amplo debate sobre a responsabilidade dos líderes religiosos e a fragilidade das relações humanas, além de abrir espaço para discussões sobre perdão, compaixão e a dinâmica entre vida pessoal e ministério.

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