Segundo relatos dos estudantes que participavam de um protesto contra a demissão dos educadores, os policiais teriam utilizado spray de pimenta e agressões físicas durante a intervenção. Uma jovem teria sido agredida e um aluno detido, o que gerou revolta entre os manifestantes.
Os alunos afirmam que a decisão da diretora foi arbitrária e injusta, uma vez que os professores dispensados eram bem avaliados pelos estudantes e possuíam anos de experiência na escola. Para Allana Santos do Nascimento, de 18 anos, aluna do 3º ano do ensino médio, a atitude da diretora foi um desrespeito não apenas aos professores, mas também aos alunos.
A estudante Aísha de Souza, de 18 anos, que também está no último ano do ensino médio, ressaltou o clima pesado que se instalou na escola após a decisão. Ela contestou a justificativa da diretora, que teria alegado desempenho insatisfatório dos professores na “Avaliação 360”, negando que os alunos tenham feito tais avaliações negativas.
Os estudantes já haviam realizado um protesto anteriormente contra a demissão dos professores, demonstrando seu descontentamento com a situação. Um dos educadores transferidos, em entrevista sob condição de anonimato, afirmou que a decisão da diretora afetou professores que questionavam suas ações na escola.
O Metrópoles solicitou posicionamento da Secretaria da Educação sobre o caso, mas até o momento da publicação, não havia recebido retorno. Além disso, foi solicitada uma resposta da Secretaria da Segurança Pública em relação ao confronto entre estudantes e policiais militares. O desfecho dessa história ainda está em aberto, e novos desdobramentos são aguardados.