De acordo com uma fonte militar libanesa, as forças israelenses, que contavam com o apoio de veículos militares, incluindo um tanque Merkava e uma escavadeira, avançaram sobre a multidão de civis, abrindo fogo em um esforço de intimidação. Este ato violento acentuou ainda mais as tensões entre os dois países, levantando questões sobre a cumprimento de acordos internacionais que visam manter a paz na região.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país não conseguiria retirar as tropas a tempo do território libanês, indicando que a ocupação continuaria até que o Exército libanês se tornasse capaz de garantir a segurança dessa área, especialmente frente à ameaça do Hezbollah. Um porta-voz das FDI insinuou que o grupo militante libanês estava por trás da organização dos protestos, complicando ainda mais a já delicada situação.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, reafirmou a importância da soberania do seu país, declarando que “a soberania e a integridade territorial do Líbano não são negociáveis”, pedindo a seus compatriotas que mantivessem a calma e confiassem nas Forças Armadas libanesas para lidar com a crise.
A repercussão do ataque gerou uma onda de condenação, com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, clamando por uma ação imediata da comunidade internacional para forçar a retirada das tropas israelenses. A Missão de Paz da ONU no Líbano, conhecida como UNIFIL, alertou que a recente violência comprometeu os esforços para garantir a paz na região e que as condições para um retorno seguro dos cidadãos às suas aldeias, ao longo da Linha Azul, não estavam sendo atendidas.
Este evento trágico destaca as dificuldades em manter um cessar-fogo duradouro e as complexas relações entre Israel e Líbano, com a presença do Hezbollah complicando ainda mais a dinâmica de segurança na área.