De acordo com o que apurou a polícia, a situação se deteriorou quando o homem, conhecido por atuar como catador de recicláveis, solicitou à esposa ou ao filho que buscassem drogas. Diante da recusa, seu comportamento tornou-se agressivo. Em um momento de fúria, ele jogou gasolina sobre objetos armazenados em casa e ateou fogo, resultando em um incêndio que rapidamente se alastrou, devido à presença de materiais inflamáveis, como plásticos e espumas.
Durante a apresentação do caso na delegacia, a esposa do acusado — com quem viveu por 30 anos e tem seis filhos — relatou já ter sido ameaçada em outras ocasiões. Ela expressou seu desejo de conseguir medidas protetivas para garantir sua segurança e a do filho que ainda reside com ela. O jovem de 17 anos também revelou sua intenção de denunciar o pai, manifestando um forte desejo de romper com o ciclo de violência.
A versão do suspeito, por outro lado, apresenta nuances diferentes. Ele negou as alegações de ter incorrido em ameaças e afirma que teria entrado em conflito com o filho por conta de objetos recicláveis. Segundo sua narrativa, o fogo teria começado sem a sua intenção, tendo ele se afastado do local antes que o incêndio se propagasse.
Diante das circunstâncias, a ocorrência foi inicialmente registrada na Central de Polícia Judiciária, mas uma vez detectados indícios de violência doméstica, o caso foi redirecionado para a Delegacia de Defesa da Mulher. Após análise, o delegado optou pela prisão em flagrante, considerando a credibilidade das declarações da esposa e do filho, ambos considerados vítimas pela autoridade. As investigações seguem, visando não só a responsabilização do autor do incêndio, como também a proteção da família envolvida.