Conflito explode na Coreia do Sul durante tentativa de prisão do presidente Yoon Seok-yul, aumentando a tensão política no país

Em um cenário de intensificação da crise política na Coreia do Sul, as autoridades de investigação tentaram novamente prender o presidente afastado Yoon Seok-yul, o que resultou em um violento confronto em frente à sua residência oficial. Na última quarta-feira (14), oficiais do Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários, acompanhados por cerca de 3.000 policiais, se dirigiram à casa do presidente deposto para cumprir um mandato de prisão que já havia sido tentado anteriormente, sem sucesso.

O empreendimento de prisão se transformou em um impasse quando os guardas de segurança presidencial se opuseram à entrada da equipe de investigação. Durante a confusão, legisladores do partido governista, Poder Popular, também tentaram impedir os investigadores de cumprir o mandato, alegando sua ilegalidade e se manifestando com gritos de “mandato ilegal!” e agitando bandeiras nacionais.

O clima se tornava cada vez mais tenso. O escritório anticorrupção havia alertado que qualquer tentativa de obstrução da execução do mandato poderia resultar em detenção. Apesar de os seguranças presidenciais terem previamente concordado em dar acesso aos investigadores, a situação rapidamente se deteriorou em um confronto direto. O partido oposicionista Democrático acusou os guardas de se prepararem para usar munições letais em caso de resistência, uma alegação que foi veementemente negada pelo serviço de segurança presidencial, que se comprometeu a processar qualquer informação falsa disseminada sobre suas operações.

Esse foi o segundo fracasso em um espaço de apenas alguns dias. Na primeira tentativa, que ocorreu em 3 de janeiro, os investigadores foram forçados a recuar após um impasse de mais de cinco horas. Desde então, a residência presidencial se transformou em uma “fortaleza”, com barricadas e arames farpados estabelecidos ao redor, exigindo um considerável esforço policial para garantir a segurança em meio ao tumulto crescente nas ruas de Seul.

Yoon Seok-yul é acusado de abuso de poder e insurreição, tendo declarado estado de emergência para conter a oposição, o que ocasionou a abertura de um processo de impeachment em andamento na Corte Constitucional. Se a ordem judicial for cumprida, ele se tornará o primeiro presidente em exercício na história do país a ser preso durante seu mandato, uma marca que poderia redefinir o cenário político sul-coreano e influenciar as relações internas e externas da nação. A situação continua em desenvolvimento e é acompanhada de perto pela população local e pela comunidade internacional.

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