A ação do governo nepalense foi motivada por questões legais, já que as empresas de tecnologia não cumpriram os prazos estabelecidos para o registro junto às autoridades, conforme exigido pela legislação local. As diretrizes incluem a nomeação de representantes locais e a criação de estruturas para lidar com litígios que possam surgir do uso dessas plataformas. Essa política foi implementada em conformidade com uma determinação da Suprema Corte do Nepal, que ocorreu ainda em 2023.
O porta-voz da polícia, Shekhar Khabal, reportou que a maioria das vítimas morreu durante os confrontos na capital, enquanto duas mortes adicionais foram registradas no distrito de Sunsari, situado a leste do país. O clima de tensão é palpável, com a população expressando seu descontentamento tanto em relação ao bloqueio das redes sociais quanto em relação à corrupção e privilégios percebidos entre os filhos de políticos nepalenses.
Apesar do bloqueio, algumas plataformas, como o TikTok, permanecem acessíveis e estão sendo utilizadas pela população para compartilhar vídeos que criticam a elite política, evidenciando a insatisfação generalizada. Isso demonstra um contraste entre o controle imposto pelo governo e a determinação da população em se expressar, mesmo em face da opressão.
As autoridades locais estão ativamente monitorando a situação e já iniciaram investigações para apurar os eventos violentos que ocorreram durante os protestos. O desfecho desses acontecimentos poderá ter repercussões significativas para o cenário político e social do Nepal, refletindo um momento crucial em que a voz do povo se ergue diante de decisões governamentais controversas.