Desde o início dos ataques, uma significativa onda de evacuação foi observada entre civis israelenses, que decidiram deixar o país temendo por sua segurança. Esse movimento reflete o clima de incerteza e pânico que se instaurou rapidamente à medida que os conflitos se intensificavam. O historiador enfatizou que o medo não se limita apenas àqueles que estão nas linhas de frente, mas atinge profundamente todas as camadas da sociedade israelense, exacerbando a angústia e a insegurança entre civis que buscam segurança em meio ao caos.
Maciel também destacou um ponto muitas vezes esquecido em meio à narrativa predominante sobre o conflito: a diversidade de opiniões dentro da própria comunidade judaica. Ele observou que não todos os judeus apoiam as diretrizes e ações do governo de Israel, ressaltando a existência de críticas internas. “Muitos condenam os ataques do governo israelense”, afirmou, sublinhando a importância de elaborar uma distinção clara entre o governo, o povo e a religião. Essa separação é crucial para se compreender a complexidade da situação e as variadas perspectivas que emergem em tempos de crise.
A análise do professor nos leva a refletir sobre o impacto das guerras na sociedade civil, enfatizando que os efeitos são profundos e que as vozes de oposição e crítica dentro de uma comunidade muitas vezes se perdem em meio ao ruído da guerra. A guerra, portanto, não é apenas um conflito entre Estados, mas um evento que molda a vida de milhões, gerando um ciclo de sofrimento que ultrapassa as fronteiras do campo de batalha.