Conflito à meia-noite: hóspedes relatam momentos de pânico durante incêndio em hotel na Pajuçara, em Maceió



Na madrugada de quinta-feira, 15 de outubro, um incêndio de grandes proporções tomou conta de um hotel localizado no popular bairro da Pajuçara, em Maceió, provocando cenas de pânico e desespero entre os hóspedes. O fogo começou por volta das 3h da manhã, mobilizando rapidamente as equipes do Corpo de Bombeiros, que tiveram que trabalhar intensamente para conter as chamas e garantir a segurança dos ocupantes do estabelecimento.

Entre os hóspedes, estava Aniele Batista, natural de Bauru, São Paulo, que esteve na cidade acompanhada de sua família. Aniele descreveu os momentos de terror que viveram ao lado do marido. Eles foram despertados pelo forte odor de fumaça. “Acordei por volta de 3h20 e logo senti um cheiro muito forte, diferente. Meu esposo se levantou, e encontramos a situação crítica”, relatou. Com o agravar da situação, o casal resolveu entrar em contato com parentes que também estavam hospedados no hotel. A tentativa de evacuação, no entanto, foi devastadora: ao abrir a porta, se depararam com labaredas intensas de fogo.

O desespero tomou conta do casal, que imediatamente trancou as portas do quarto e começou a improvisar soluções para se proteger das chamas e da fumaça. Utilizando toalhas e travesseiros molhados, tentaram minimizar a entrada de fumaça, mesmo reconhecendo que a situação era crítica e, em determinados momentos, chegaram a temer pela própria vida. “Eu cheguei a dizer ao meu esposo que não conseguiríamos sair”, desabafou Aniele, visivelmente abalada.

A experiência também afetou outros parentes que estavam no mesmo hotel, forçando todos a evacuarem imediatamente. Wagner Aparecido, um dos familiares, contou a angústia de tentar encontrar a saída em meio à fumaça densa e espessa: “Era tudo muito escuro, e não havia visibilidade. Precisávamos nos esbarrar para encontrar a saída”.

Além do cenário caótico, novos problemas surgiram quando Wagner Batista, marido de Aniele, precisou ser encaminhado para atendimento médico em decorrência de ferimentos na mão. Ele se machucou ao quebrar janelas na tentativa de aliviar a fumaça no quarto, precisando de sutura devido à gravidade do ferimento.

Outra voz que se destacou foi a de um turista mineiro, o vereador Wagner Bob, que relatou a sua preocupação e indignação com a falta de prevenção do hotel. Ele enfatizou a demora alarmante para que o alarme de incêndio fosse acionado e descreveu o funcionamento irregular dos elevadores, que atrapalharam a evacuação. “Demorou mais de 20 minutos para o alarme disparar, enquanto a fumaça se alastrava”, afirmou Bob, ressaltando uma negligência grave por parte da administração do hotel, que já havia sido alertada sobre problemas no sistema de ar-condicionado dias antes do incidente.

A situação gerou um clima de incerteza entre os hóspedes, que aguardam a resolução do caso e se mostram receosos em continuar sua estadia no hotel. Um incidente dessa magnitude não apenas corrói a confiança em um serviço, mas deixa marcas indeléveis na memória e na segurança psicológica dos envolvidos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo