Segundo a FGV, a deterioração das perspectivas futuras e das condições atuais pelo segundo mês consecutivo contribuiu para a queda da confiança do consumidor, levando o indicador de volta à faixa dos 80 pontos. A economista Anna Carolina Gouveia, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, destacou que o resultado reflete um aumento do pessimismo entre os consumidores no início deste ano.
Em relação aos índices específicos, o Índice de Expectativas (IE) apresentou um recuo de 6,0 pontos, chegando a 91,6 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) encolheu 3,3 pontos, atingindo 79,4 pontos. A queda na confiança foi observada em todas as faixas de renda familiar no mês de janeiro.
A pesquisa realizada pela FGV também apontou que a percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 4,1 pontos, atingindo 69,7 pontos, e a percepção sobre a economia local diminuiu 2,5 pontos, chegando a 89,5 pontos.
Os resultados da Sondagem do Consumidor foram coletados entre os dias 2 e 22 de janeiro e refletem o cenário de incerteza e pessimismo entre os consumidores neste início de ano. A combinação de fatores como pressão inflacionária, aumento da taxa de juros e dificuldades financeiras contribuíram para a queda da confiança do consumidor, que atingiu níveis preocupantes de pessimismo em relação às perspectivas futuras e situação atual.