Confiança do consumidor recua em janeiro, atingindo menor patamar desde fevereiro de 2023, segundo pesquisa da FGV.



A confiança do consumidor sofreu um recuo de 5,1 pontos em janeiro em relação a dezembro, conforme levantamento realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingiu a marca de 86,2 pontos, após ajustes sazonais, registrando o menor patamar desde fevereiro de 2023, quando estava em 85,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, houve uma queda de 2,2 pontos.

Segundo a FGV, a deterioração das perspectivas futuras e das condições atuais pelo segundo mês consecutivo contribuiu para a queda da confiança do consumidor, levando o indicador de volta à faixa dos 80 pontos. A economista Anna Carolina Gouveia, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, destacou que o resultado reflete um aumento do pessimismo entre os consumidores no início deste ano.

Em relação aos índices específicos, o Índice de Expectativas (IE) apresentou um recuo de 6,0 pontos, chegando a 91,6 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) encolheu 3,3 pontos, atingindo 79,4 pontos. A queda na confiança foi observada em todas as faixas de renda familiar no mês de janeiro.

A pesquisa realizada pela FGV também apontou que a percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 4,1 pontos, atingindo 69,7 pontos, e a percepção sobre a economia local diminuiu 2,5 pontos, chegando a 89,5 pontos.

Os resultados da Sondagem do Consumidor foram coletados entre os dias 2 e 22 de janeiro e refletem o cenário de incerteza e pessimismo entre os consumidores neste início de ano. A combinação de fatores como pressão inflacionária, aumento da taxa de juros e dificuldades financeiras contribuíram para a queda da confiança do consumidor, que atingiu níveis preocupantes de pessimismo em relação às perspectivas futuras e situação atual.

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