O evento, que ocorreu de forma pacífica no quintal de uma residência do condomínio, foi impulsionado por opositores ao ex-presidente. Com uma ambientação festiva, que incluía decoração criativa, músicas e comidas, a anfitriã — que preferiu não se identificar — expressou sua satisfação em conversar com os presentes. “Estamos comemorando a favor da democracia. É um sentimento de alívio”, afirmou, ressaltando a importância desse momento de celebração em um contexto político tão tumultuado.
A decoração do espaço foi um elemento marcante da comemoração, trazendo bordados e mensagens que simbolizavam a resistência e a luta pelos direitos humanos. Um dos grupos envolvidos na organização do evento, chamado “Linhas da Resistência”, é conhecido por sua atuação em temas relacionados à defesa da democracia e dos direitos civis, incluindo questões ligadas à comunidade LGBTQIA+. Segundo uma das organizadoras, essa mobilização teve início durante as eleições de 2022, com o objetivo de sensibilizar a população e evitar a reeleição de Bolsonaro.
O julgamento que resultou na condenação do ex-mandatário também envolveu a condenação de outros sete aliados. A Procuradoria-Geral da República alegou que Bolsonaro chefiava uma organização criminosa e tentava minar os pilares do Estado Democrático de Direito. Embora a pena tenha sido estipulada em regime fechado, especialistas apontam que a prisão do ex-presidente não ocorrerá de imediato. A execução da condenação está condicionada ao trânsito em julgado da decisão, ou seja, à análise final de todos os recursos apresentados.
Essa circunstância provoca um debate intenso acerca da efetividade do sistema judicial e das implicações políticas que a condenação traz, não apenas para Bolsonaro, mas para o próprio futuro do cenário político no Brasil.