Um dos argumentos centrais das defesas se concentra na dosimetria das penas, que, segundo os advogados, apresenta uma natureza subjetiva. Além disso, há uma contestação relevante quanto a agravos, como a caracterização da organização criminosa armada. No caso de Bolsonaro, a defesa planeja solicitar que ele possa cumprir a pena em regime domiciliar, alegando questões de saúde. Os advogados ressaltam complicações derivadas da facada sofrida pelo ex-presidente em 2018, que resultaram em várias cirurgias e internações, utilizando precedentes, como o de Fernando Collor, para fundamentar esse pedido.
Além de recorrerem por meio dos embargos de declaração, as defesas estão considerando a apresentação de embargos infringentes, que poderiam reanalisar o mérito da condenação, embora esse caminho apresente poucas chances de sucesso. Para que isso ocorra, seria necessária a divergência de pelo menos dois ministros no julgamento. Caso todos os recursos sejam rejeitados, a decisão da Primeira Turma deverá transitar em julgado em cerca de 30 dias. Esse é o momento em que Bolsonaro e os demais réus poderão iniciar o cumprimento definitivo das penas, marcando um capítulo significativo na política nacional, que aguarda com expectativa os desdobramentos da situação.