Condenados a 19 anos, assassinos de Marcos Henrique são punidos em Palmeira dos Índios por crime com emboscada em área de grande movimentação.

Na manhã da última terça-feira, 11 de outubro, a cidade de Palmeira dos Índios assistiu a um desfecho significativo no âmbito da Justiça, com a condenação de dois indivíduos por crimes de homicídio qualificado. Tallison Romeiro França, conhecido popularmente como “Nesquita”, e Matheus Guilherme Leite foram penalizados por terem assassinado Marcos Henrique Barros da Silva. A decisão foi proferida pelo Tribunal após um trabalho diligente do Ministério Público de Alagoas (MPAL), que apresentou um sólido argumento jurídico durante o julgamento.

Os réus foram condenados a 19 anos e três meses de prisão em regime fechado. A acusação contra eles incluiu o homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada. O promotor de Justiça responsável pelo caso, João de Sá Bomfim Filho, ressaltou a gravidade das qualificadoras apresentadas, que foram cruciais para a decisão do tribunal. Embora houvesse uma segunda acusação em relação a uma emboscada que ocorreu em dezembro de 2022, onde Marcos e outras três pessoas foram alvo de uma tentativa de homicídio, o Ministério Público optou por não prosseguir contra os réus nesse caso, citando a falta de provas robustas para sustentá-la, apesar dos fortes indícios de envolvimento.

Durante o julgamento, os advogados de defesa tentaram argumentar a favor da absolvição de Tallison e Matheus, afirmando que não havia ligações diretas dos réus com a emboscada de 2022, e que, portanto, também não poderiam ser responsabilizados pelo homicídio de Marcos Henrique. No entanto, o conselho de sentença, após a análise das evidências apresentadas em tribunal, foi convencido da culpabilidade dos réus, reconhecendo a veracidade das provas e a autoria do crime.

O assassinato ocorreu de forma audaciosa, em um local de grande movimentação – em frente ao Hospital Santa Rita. A ação se desenrolou em plena manhã, colocando em risco não apenas a vida da vítima, mas também a de pacientes e profissionais da saúde que circulavam pelo local. Tallison foi o responsável pelos disparos, enquanto Matheus atuou como piloto de fuga, facilitando a execução do crime. O desfecho do caso reafirma o comprometimento do sistema de Justiça em punir comportamentos criminosos e, ao mesmo tempo, levanta reflexões sobre a segurança em áreas movimentadas da cidade.

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