O Conselho de sentença foi unânime em reconhecer que o crime foi cometido por motivo torpe e premeditação, inserindo-se na categoria de homicídio qualificado e feminicídio. Esses fatores contribuíram para que Alisson recebesse uma sentença de 32 anos e oito meses de prisão em regime fechado, uma pena exemplar que reflete a gravidade do ato.
O julgamento teve início na manhã do mesmo dia e foi marcado por testemunhos emocionantes e reveladores. A primeira a ser ouvida foi a irmã da vítima, cujo depoimento trouxe à luz detalhes perturbadores sobre o comportamento violento de Alisson e a tensão constante vivida por Maria Aparecida. No período da tarde, foi a vez da filha do casal prestar seu depoimento. Em um relato comovente, ela descreveu o relacionamento dos pais como conturbado e violento, proporcionando ao Conselho um contexto mais amplo sobre a dinâmica doméstica que culminou no trágico desfecho.
O caso de Maria Aparecida não é isolado, mas sim um reflexo de uma realidade alarmante que atinge milhares de mulheres em todo o país. Segundo dados recentes, os números de feminicídio têm crescido de forma preocupante, destacando a importância de políticas públicas robustas para a proteção da mulher e a necessidade de campanhas educativas que promovam a igualdade de gênero e o respeito mútuo.
A decisão judicial que condenou Alisson José Bezerra da Silva a uma longa pena de reclusão serve como um exemplo de que a justiça pode, e deve, atuar com rigor em casos de violência doméstica e feminicídio. A esperança é que essa sentença traga um sentimento de justiça à família de Maria Aparecida e sirva de alerta para que mais casos como este sejam prevenidos e, se necessário, punidos com o mesmo rigor.
O sentimento geral é de que cada vida poupada é um passo na direção de uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres. Esse julgamento, em particular, ilustra a luta contínua por um mundo onde o respeito e a dignidade humana prevaleçam sobre a violência e a prepotência.