A sentença incluiu 50 anos pelo homicídio do menino e mais 2 anos e 4 meses por fraude processual, refletindo a gravidade dos crimes cometidos. O julgamento, que deveria ter ocorrido em julho, foi adiado e retomado recentemente, revelando detalhes perturbadores do crime. Entre os depoimentos impactantes, o testemunho de Ingrid Nascimento, mãe de Anthony, destacou os momentos de desespero vividos na UPA do Jacintinho, a unidade de pronto atendimento para onde o menino foi levado após o envenenamento.
A promotoria, conduzida por Flávio Costa, apresentou o caso como homicídio duplamente qualificado, com indicação de motivo fútil e envenenamento. Segundo as investigações, a motivação do réu foi uma vingança contra sua ex-esposa, de quem estava separado há seis meses.
Durante o julgamento, o promotor enfatizou a ausência de vencedores nesse triste episódio. “Num júri não existem vitoriosos. Todos perderam, a família perdeu, o réu perdeu. Em um júri ninguém ganha, mas o Ministério Público fez o seu papel”, afirmou Costa, destacando que, apesar do sentimento de justiça, nada pode reparar a perda de uma vida tão jovem. O caso serve como um lembrete doloroso das consequências irreparáveis de atos de violência.