Atualmente, as jogadoras da WNBA recebem aproximadamente 9% da receita total da liga, uma porcentagem significativamente inferior aos 50% recebidos pelos jogadores da NBA. Os salários das atletas da WNBA variam entre US$ 66 mil e US$ 249 mil, dentro de um teto salarial coletivo de US$ 1,5 milhão por equipe. A desigualdade entre as duas ligas se torna ainda mais evidente quando se analisam os salários absolutos: enquanto a estrela dos Lakers, LeBron James, acumula um salário base superior a US$ 52 milhões por temporada, a jogadora A’ja Wilson, estrela do Las Vegas Aces e múltipla MVP na WNBA, recebe cerca de US$ 200 mil.
Silver argumentou que essa desigualdade não deve ser vista apenas sob a perspectiva percentual, pois a comparação direta é inadequada devido ao tamanho e à escala financeira das duas ligas. Ele enfatizou a necessidade de focar nos números absolutos, afirmando que as jogadoras estão prestes a receber um aumento expressivo neste novo ciclo de negociações. As discussões em torno do novo CBA já estão em curso, com expectativa de que um acordo seja estabelecido antes do início da temporada de 2026.
Além dos aumentos salariais, as jogadoras estão exigindo melhorias em benefícios, uma estrutura salarial mais flexível e um sistema de divisão de receitas que seja mais equitativo. A disparidade salarial não apenas reflete as diferenças históricas em investimento e visibilidade entre o basquete masculino e feminino nos Estados Unidos, mas também levanta uma discussão importante sobre a valorização e o reconhecimento das atletas. A expectativa é que as negociações atuais promovam mudanças significativas que ajudem a corrigir essa desigualdade e a valorizar o trabalho das jogadoras da WNBA.