Em março do ano passado, a comissão já havia realizado um debate sobre os problemas no fornecimento de medicamentos de quimioterapia oral, incluindo remédios utilizados no tratamento da leucemia mieloide crônica. Na ocasião, o presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, José Francisco Marques Júnior, ressaltou a importância desses medicamentos, afirmando que “a leucemia mieloide crônica é uma doença incurável, mas controlável. Esses remédios revolucionaram o tratamento dessa enfermidade, aumentando a sobrevida do paciente para níveis praticamente iguais aos de pessoas que não têm leucemia.”
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, entre 2023 e 2025, serão registrados 11.540 novos casos de leucemia no Brasil. Quando excluídos os tumores de pele não melanoma, a leucemia ocupa a décima posição entre os tipos mais frequentes de câncer, ficando atrás de cânceres como mama, próstata, cólon e reto, traqueia, brônquio e pulmão, estômago, útero, tireoide e cavidade oral, assim como o Linfoma não Hodgkin.
A realização do debate sobre a leucemia mieloide crônica representa um importante passo no enfrentamento do câncer no Brasil, uma vez que essa doença coloca desafios específicos para os pacientes e para o sistema de saúde. A discussão pretende identificar as principais dificuldades no tratamento da leucemia mieloide crônica e buscar soluções para melhorar o acesso ao tratamento, garantindo uma maior qualidade de vida para os pacientes afetados por essa condição.