Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprova projeto que permite realocação de recursos dos fundos de saúde pelos estados e municípios.

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados acaba de aprovar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 71/23, que tem como objetivo permitir a realocação, por parte de estados, municípios e Distrito Federal, de recursos dos fundos de saúde provenientes de repasses federais. Essa medida se refere ao dinheiro remanescente em contas criadas antes de 1º de janeiro de 2018, que atualmente deveria regressar à União.

De acordo com o autor do projeto, deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), a intenção é aprimorar a aplicação dos recursos na área da saúde. Em suas palavras, “não é razoável que os saldos remanescentes dos recursos financeiros disponíveis nas contas dos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios sejam redirecionados à União, em detrimento de serem remanejados em seus locais de destinação, conforme a necessidade de cada ente”.

O relator do PLP 71/23, deputado Fernando Máximo (União-RO), também defendeu a aprovação do texto, ressaltando que a flexibilização dessa alocação permitirá maior eficiência e adaptabilidade às demandas imediatas, garantindo uma resposta mais ágil e eficaz pelos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).

A medida proposta altera a legislação atual, concedendo prazo para que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios executem atos de transposição e de transferência e atos e de transposição e reprogramação (Lei Complementar 197/22).

Após a aprovação na Comissão de Saúde, a proposta passará pela análise das comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser apreciada pelo Plenário. A tramitação do projeto seguirá os trâmites estabelecidos para projetos de lei complementar, respeitando a sequência de análise nas comissões e a votação em plenário.

Essa medida pode representar uma mudança significativa na forma como os recursos da saúde são distribuídos e geridos, impactando diretamente a eficiência e eficácia do sistema de saúde no país. Acompanharemos de perto o desenrolar dessa proposta e seus potenciais impactos para a sociedade brasileira.

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